COSMOLOGIA GEF 4.2


AUTORES - 

FRANZ WILCZEK - Nobel Física (2004 ) (Templeton 2022)

 O Mundo como Obra de Arte

O Prêmio Nobel e Prémio templeton Frank Wilczek serve de guia numa jornada por descobertas relacionadas, de Platão a Pitágoras e até o presente. O trabalho de Wilczek na física quântica foi inspirado pela sua intuição de buscar uma ordem profunda na natureza. Todos os avanços importantes na sua carreira vieram dessa intuição: de assumir que o universo incorpora belas formas, cujas marcas são a simetria -harmonia, equilíbrio, proporção- e economia.

Existem outros significados de "beleza", mas essa é a lógica profunda do universo; e não é por acaso que também está no cerne do que achamos agradável e inspirador. Wilczek não é o único cientista que traçou este itinerário. Como escreve em "O mundo como uma obra de arte", esse é o centro do esforço científico desde Pitágoras, que proclamou que "tudo é número", passando por Galileu, Newton, Maxwell, Einstein e até às águas profundas da física do século XX. Embora os antigos não estivessem certos sobre tudo, a crença fervorosa na "música das esferas" provou ser correta até mesmo no nível quântico. Wilczek explora até que ponto as nossas ideias de beleza e arte se entrelaçam com a compreensão científica do cosmos.


Fundamentals: Ten Keys to Reality - 2021

Wilczek, Frank, Fundamentos: dez chaves para a realidade, Nova York: Penguin Press, 2021.

Prefácio: Renascer
Introdução
I. O QUE EXISTE
1. Há muito espaço
2. Há muito tempo
3. Existem poucos ingredientes
4. Existem muito poucas leis
5. Há muita matéria e energia
II. COMEÇOS E FIM
6. A história cósmica é um livro aberto
7. A Complexidade Surge
8. Há muito mais para ver
9. Mistérios Permanecem
10. A complementaridade é uma expansão da mente
Posfácio: A longa viagem para casa
Agradecimentos
Apêndice.

“Fundamentos é um livro em que Wilczek escreve com concisão é clareza e o seu prazer no tema assunto salta à vista. Wilczek  é um dos grandes cientistas contemporâneos vivos e revela temas profundos que esclarecem o mundo físicos. É um Prêmio Nobel 2004 que se sabe explicar fora da linguagem matemática com uma exploração simples e profunda, da realidade com base nas revelações da ciência. Com clareza e uma alegria contagiante, guia-nos pelos conceitos essenciais que formam a compreensão do mundo e como este funciona. Passamos a ver a realidade física de uma maneira mais completa e mais estranha do que antes. Sintetizando questões básicas, dados e factos e especulações deslumbrantes, Wilczek investiga as ideias que formam a compreensão do universo: tempo, espaço, matéria, energia, complexidade e complementaridade, partículas e ondas, energia e massa escura. Escava a história da ciência que é dos Europeus, explorando o que e como sabemos, enquanto viaja pelos horizontes do mundo científico para nos dar um vislumbre do que poderemos descobrir em breve. Um livro que é uma celebração do engenho e imaginação humanas.

 

 

 


FERMELO, Graham ed. - Fórmulas elegantes - 2002

Título original: It Must be Beautiful
Graham Farmelo & Igor Aleksander & Peter Galison & Aisling Irwin & Robert May &
John Maynard Smith & Artur I. Miller & Oliver Morton & Roger Penrose & Chistine
Sutton & Steven Weinberg & Frank Wilczek

 

Uma revolução sem revolucionários. A equação de Planck-Einstein para a energia de um quantum
Graham Farmelo

A equação do sextante: E = mc2
peter gallison

A redescoberta da gravidade: a equação de Einstein para a relatividade geral
Roger Penrose

Um pouco de magia. equação de Dirac
Frank Wilcze

Erótica, estética e a equação das ondas de Schrödinger
Artur I Miller

Entenda as informações, pouco a pouco. equações de Shannon
Igor Alexandre

simetrias ocultas. A equação de Yang-Mills
Christine sutton

Um espelho no céu. equação de Drake
Oliver Morton

As Equações da Vida - A Matemática da Evolução
John Maynard Smith

A melhor época possível para viver. O mapa da logística
Robert May

Um conto de fadas ambiental. As equações de Molina-Rowland e o problema CFC
Aisling Irwin

Epílogo. Como grandes equações sobrevivem
Steven Weinberg

 

Os autores são prestigiados cientistas, historiadores e autores . Analisaram cada faceta de uma equação - as camadas da cebola de Larkin - e destacaram o mais fascinante, evitando ao máximo entrar em detalhes matemáticos excessivos. O resultado é um conjunto único de reflexões pessoais sobre algumas das equações básicas da ciência moderna, que devido à sua concisão, poder e simplicidade fundamental podem ser contempladas como autêntica poesia do século XX.

Grandes equações da ciência moderna
A ciência desempenha um papel decisivo na nossa cultura. No entanto, mesmo as teorias científicas mais esclarecedoras são baseadas em equações que, para muitos de nós, surgem numa linguagem incompreensível. A linguagem matemática parece um obstáculo intransponível para as compreender, e passaram a simbolizar o mistério e o medo que a ciência moderna inspira.

Fórmulas elegantes tenta preencher esta lacuna apresentando algumas das grandes equações da ciência moderna ao leitor leigo.

Para tal, Graham Farmelo reuniu uma equipa extraordinária de cientistas e divulgadores que puseram tentusiasmo e competência na tarefa que lhes foi confiada: decompor e analisar, cada um, uma equação, explicando não só o significado dos termos e o alcance da realidade que enunciam, mas também as circunstâncias em que foram concebidas. Fórmulas Elegantes consegue ensinar enquanto encanta e abre-nos os olhos para a beleza e importância dessas breves sucessões de símbolos que resumem verdades eternas.

 

 


DICIONÁRIO DO ANTROPOCENO

O que aqui apresento como antropocénico nada tem a ver com a visão gnóstica de que a terra é um organismo consciente mas sim que o conjunto dos ecossistemas reage efetivamente ao uso e abuso humano do planeta.

O termo antropoceno — do grego anthropos, humano, e kainos, novo — foi usado em 2000 pelo químico holandês Paul Crutzen, Nobel de Química em 1995, para designar uma nova época geológica caraterizada pelo impacto humano na Terra.

Alguns especialistas consideram que entrámos em uma nova época geológica que se seguiria ao holocénico, o período com temperaturas mais quentes após a última glaciação. 

Debate-se o uso da palavra para definir uma nova época , dada a discrepância para estabelecer o  impacto, além da dificuldade de estabelecer o início que muitos associam à Revolução Industrial. A massa antropogénica cresceu rapidamente durante o século XX, especialmente após a Segunda Guerra Mundial.

Segundo um estudo na revista Nature  Link externo., a massa do que foi produzido  pelo ser humano no planeta  (massa antropogénica) superou em 2020 a massa conjunta dos seres vivos (biomassa). O peso estimado de 1,1 teratoneladas, não contabiliza a massa de lixo. E a massa de plásticos no planeta é dupla da massa de todos os animais terrestres e aquáticos.

 

ADAPTADO de iberdrola (Brasil)


Aceleração ( Grande)

Neste século XXI vivemos a grande aceleração que terá começado nos anos 80 e de que a internet é a expressão vibrátil. Fomos catapultados para um mundo cheio, como dizem os malthusianos, tendo por ideal os valores e os direitos humanos criados no século XVIII e consignados nas constituições democráticas, nos mercados ditos livres e nas proclamações de direitos. Mas desde então, a população mundial passou de um bilião para mais de 7,6 biliões de pessoas, , com crescentes consumos per capita de energia, água e minerais. Os progressos de qualidade de vida material são gigantescos. Uma coisa parece certa: não conseguiremos administrar a Terra apenas com ideais de desenvolvimento, modelos científicos e valores moldados em uma época de mundo vazio, quando a população era pequena, os recursos naturais pareciam infinitos, e havia Américas onde se derramavam colonos e empresários. O livre comércio tem os seus limites. Conforme disse Eduardo Galeano, a divisão internacional de trabalho consiste em que alguns países se especializam em vencer e outros em perder.


Alterações Climáticas

Alterações climáticas são variações no clima que persistem durante décadas ou períodos superiores. Podem dever-se a causas naturais, a forças externas ou a atividades humanas com efeitos sobre a composição da atmosfera. Fala-se normalmente do aquecimento global provocado pelas emissões de gases de efeito estufa de atividades humanas. As alterações climáticas provocam mudanças no meio físico e nos seres vivos e comprometem os ecossistemas, o funcionamento de sistemas socioeconómicos, e a saúde e o bem-estar humanos.

No primeiro capítulo do livro Face à Gaia, Bruno Latour justifica sua preferência pela expressão mutação climática argumentando que tratar a situação atual como uma crise (como em crise ecológica) seria uma tentativa de nos convencermos de que o problema vai passar, de que a crise em breve será coisa do passado. Segundo os especialistas, existe uma mutação: estávamos acostumados a um mundo; agora estamos passando, transmutando em um novo (2015, p. 16).

Capital Natural

A nossa existência depende da natureza: os solos onde cultivamos os alimentos, as matérias-primas para as roupas com que nos vestimos e os edifícios onde nos abrigamos, a água que bebemos, o ar que respiramos. É esse conjunto de elementos constitui o capital natural, a proteger, o único capital para o qual estamos em dívida segundo Thomas Piketty.

Durante a Cimeira da Terra no Rio de Janeiro em 2012, surgiram compromissos voluntários vieram da comunidade financeira. Uma é a Declaração do Capital Natural (NCD), endossado pelos CEOs de 42 bancos, fundos de investimento e seguradoras. Visa reafirmar a importância do capital natural como solo, ar, água, flora e fauna. Seu objetivo é integrar o capital natural em todas as considerações e decisões de investimento, em produtos e serviços (empréstimos, ações, renda fixa e produtos de seguros), junto com as cadeias de abastecimento de seus signatários. Acima de tudo, porque o capital natural é considerado como um bem gratuito disponível para toda a humanidade, os signatários solicitaram aos governos que agissem para ‘desenvolver quadros políticos claros, credíveis e de longo prazo que apoiam e incentivam as organizações - incluindo instituições financeiras - a avaliar e relatar o seu uso de capital natural e, assim, trabalhar no sentido de internalizar os custos ambientais ".

A União Europeia adotou legislação para preservar o capital natural e garantir a transmissão às futuras gerações. A Diretiva-Quadro Água, a Diretiva-Quadro Estratégia Marinha, a Diretiva Qualidade do Ar, as Diretivas Habitats e Aves; águas doces, mares, ar e vida selvagem. Existe mais legislação para domínios como a luta contra as alterações climáticas, as substâncias químicas, as emissões tóxicas da indústria e os resíduos. A biodiversidade, os solos e as florestas são o alvo dos esforços da rede Natura 2000 e do instrumento de financiamento LIFE+ e outros.

COSMOPOLÍTICA

Cientistas do IPCC apontam os potenciais efeitos catastróficos das mudanças climáticas que poderão não apenas destruir sociedades e colocar em perigo a vida humana mas colocam a Terra em jogo. Para discutir os riscos das mudanças climáticas será necessária uma 'política da Terra'  a que Bruno Latour em Política da Natureza chama 'cosmopolítica . Exige uma definição mais ampla de política do que a implícita em conferências de representantes de nações, convocadas pela ONU para negociar as medidas de redução de emissões do CO 2 - . Os não-humanos também devem ser representados, e as relações entre humanos e não humanos terão que ser representadas de outras maneiras que não apenas por delegados que falam pelos interesses dos humanos divididos ao longo das fronteiras nacionais. Em política de Nature , Latour delineou os princípios que pensa serão necessários.

COP's

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, no Rio de Janeiro é mais conhecida como Eco-92.

A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, adotada em 1992 (referida como UNFCCC ou a Convenção), fornece as bases para ações de combate à mudança global do clima e seus impactos na humanidade e nos ecossistemas. O Protocolo de Quioto de 1997 e o Acordo de Paris de 2015 foram negociados sob a UNFCCC e baseados na
Conven
ção. A Convenção-Quadro entrou em vigor em 21 de março de 1994 e tem adesão quase universal. Os 197 países que ratificaram a Convenção são chamados de Partes na Convenção realizam as chamadas (Conference of Partners)

A 13 de dezembro de 2015 em Paris, a COP21 oficializou a constatação de que não existe mais Terra capaz de corresponder ao horizonte do Global.

As Contribuições Nacionalmente Determinadas (INDC, na sigla em inglês) preparadas para a COP21 apresentam os planos de cada país. Ver
<https://www4.unfccc.int/sites/submissions/indc/Submission%20Pages/submissions.aspx>. Último acesso em 6 nov. 2021.

CRISP- Cas - Ferramenta de engenharia genética

A  técnica de engenharia genética CRISPR-Cas (Maxmen, 2015; Ledford, 2016) permite mudanças em qualquer sequência do genoma humano. O kit de ferramentas moleculares contém a chamada molécula de RNA de guia único que direciona o sistema para o ponto preciso no ADN onde se quer efetuar uma mudança. A parte Cas do sistema é uma proteína que corta o ADN. O sistema pode ser usado para reparar mutações num determinado gene provocador de doença e por isso levanta expectativas de crua. Em 2015, um grupo de investigadores chineses relatou a modificação genética de blastocistos humanos derivados de óvulos fertilizados por dois espermatozóides simultaneamente (Liang et al., 2015). 

Os método de "edição do genoma" ou sistema CRISPR / Cas9 (Repetições palindrómicas curtas intercaladas regularmente agrupadas ) permitem cortar e modificar o ADN em locais específicos, nomeadamente genes causadores de doenças. A comunidade científica ficou entusiasmada com o potencial do CRISP em saúde pública, conservação de ecossistemas, agricultura e pesquisa básica. Contudo, além dos alertas sobre militarização, comercialização e segurança alimentar com o CRISP- Cas existem grandes dúvidas quanto à aplicação deste método à edição do genoma humano. Se esta metodologia se generalizasse, seria de temer uma redução da diversidade genética, reduzindo o tamanho da "biblioteca" de Wagner.

DIA de Sobrecarga da Terra 

Este dia marca o momento em que o sistema de produção e consumo absorveu todos os insumos naturais oferecidos pelo planeta, previstos para os 12 meses do ano. No restante do ano, a civilização estará em déficit e terá de recorrer à herança deixada por milhões de anos de evolução da natureza. As atuais gerações estão a dilapidar as condições de vidas das demais espécies vivas da Terra e a comprometer o futuro das próximas gerações de humanos.

Em 2021, a humanidade excedeu sua cota anual de recursos regeneráveis em 29 de julho, três semanas antes do que em 2020. Seriam necessárias 1,7 Terras para satisfazer nossas necessidades de consumo.

Pegada Ecológica

Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que permite avaliar a procura humana por recursos naturais, com a capacidade regenerativa do planeta. A Pegada Ecológica de uma pessoa, cidade, país ou região corresponde ao tamanho das áreas produtivas de terra e mar necessárias para gerar produtos, bens e serviços que utilizamos. Mede a quantidade de recursos naturais biológicos renováveis (cerreais, vegetais, carne, peixes, madeira e fibra, energia renovável entre outros) que estamos utilizando para manter o nosso estilo de vida.

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