Autores de OIKONOMIA


Nicolau Georgescu-Roegen

Nicholas Georgescu-Roegen (Constanţa, Romênia, 4 de fevereiro de 1906 - Nashville, Tennessee, 30 de outubro de 1994) foi um matemático e economista  romeno cujos trabalhos resultaram no conceito de decrescimento econômico. É considerado o fundador da bioeconomia (ou economia ecológica).

A sua obra principal é The Entropy Law and the Economic Process, 1971. Nesse livro, com base na segunda lei da termodinâmica, lei da entropia,  aponta a degradação dos recursos naturais em decorrência das atividades humanas. Criticou os economistas liberais neoclássicos por defenderem o crescimento econômico material sem limites, e desenvolveu uma teoria do decrescimento económico.[1].

O clichê bem conhecido da irresistível “fuga para a frente" retira  voz ao tema do decrescimento sdefendiod por Nicholas Georgescu-Roegen,

 

Nicholas Georgescu-Roegen (Constanza, Romania, February 4, 1906 - Nashville, Tennessee, October 30,1994) was a Romanian mathematician and economist whose works resulted in the concept of economic degrowth. He is considered the founder of the Bioeconomics (or ecological economy).

His main work is The Entropy Law and the Economic Process, 1971. In this book, based on the second law of thermodynamics, the law of entropy, he points out the degradation of natural resources as a result of human activities. He criticized neoclassical liberal economists for advocating limitless material economic growth, and developed a theory of economic degrowth [1].

FR. La Décroissance: Entropie, ecologie, economie (2011).
PORT: https://www.scielo.br/j/rep/a/9kg74rTdHZSLbBrdgRtX53Q/?lang=pt

* Estudado em Portugal por José Braz Baptista - brazbaptista-maths@outlook.com  

 

 

Bruno Latour

Bruno Latour (Beaune, 22 de junho de 1947) é um antropólogo, sociólogo e filósofo da ciência francês e um dos fundadores dos chamados Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia (ESCT) e professor do Institut d'Etudes Politiques de Paris (Sciences Po). 

Conhecido pelos seus livros que descrevem o processo de pesquisa científica, dentro da perspectiva pós-construtivista que privilegia a interação entre o discurso científico e a sociedade, os de maior destaque são: Jamais Fomos Modernos

Em 2013 Latour lançou uma pesquisa sobre os modos de existência, conhecido como AIME (Investigação Sobre os Modos de Existência: Uma Antropologia dos Modernos)

http://www.bruno-latour.fr/

Tim Jackson

Quando Prosperidade sem Crescimento foi publicado em 2009, rapidamente se tornou um marco no debate sobre sustentabilidade. O desafio de Tim Jackson à economia convencional questionou o objetivo mais valorizado de políticos e economistas: a busca contínua de crescimento econômico exponencial. As descobertas provocaram polêmica, inspiraram debates e levaram a uma nova vaga de pesquisas baseadas em seus argumentos e conclusões.

A nova edição - 2017 - substancialmente revista e atualiza esses argumentos e expande-os consideravelmente. Jackson demonstra que construir uma economia "pós-crescimento" é uma tarefa precisa, definível e significativa. Partindo de princípios básicos claros, define as dimensões dessa tarefa: a natureza da empresa; a qualidade das vidas profissionais; a estrutura de investimento; e o papel da oferta monetária.  Mostra como a economia de amanhã pode ser transformada de forma a proteger o emprego, facilitar o investimento social, reduzir a desigualdade e proporcionar estabilidade ecológica e financeira.

 

Mariana Mazzucato

https://www.wired.co.uk/article/mariana-mazzucato   Mariana Mazzucato (Roma16 de junho de 1968) é uma economista de cidadania americana e italiana. Foi formada pela New York School of Social Research.  É professora da cátedra RM Phillips de Ciência e Tecnologia da Universidade de Sussex.[1]

Em O Estado empreendedor, (2011) ilustra com dados e análises, de que modo o Estado teve e continua a ter papel fundamental e estratégico no desenvolvimento tecnológico desde a internet à nanotecnologia. 

Um caso flagrante é o iPhone apresentado como um produto da mente de Steve Jobs e da empresa Apple. Contudo a tecnologia que permitiu converter o telefone estúpido em telemóvel inteligente - internet, GPS, reconhecimento de voz, tela sensível ao toque, bateria, disco rígido - resultou de pesquisas financiadas por universidades , laboratórios e agências do Estado norte-americano. 


Herman Daly

Herman Daly (nascido em 21 de julho de 1938) é um economista ecológico norte-americano e professor emérito da Escola de Políticas Públicas da Universidade de Maryland, College Park, nos Estados Unidos e que ampliou a intuição central de Georghescu-Roden.

Foi economista chefe no Departamento Ambiental do Banco Mundial, onde ajudou a montar programas e conceitos de desenvolvimento sustentável.

Em 1996, recebeu o Prémio Right Livelihood Award por "definir um caminho da economia ecológica que integre os principais elementos de ética, qualidade de vida, meio ambiente e comunidade".


Eduardo Moreira

Esther Duflo


Esther Duflo, Prémio Nobel de Economia 2019, e seu marido Abhijit Banerjee no MIT sabiam o que todos sabem: que a ajuda internacional ao desenvolvimento cria rios de dinheiro sem ter ideia do impacto final. Esperam-se resultados, mas há pouca avaliação dos retornos. 

Assim, trouxeram para a Economia um método usado em Saúde Pública: fazer ensaios de campo com grupos de controle randomizados e testes de controlo em centenas de locais em todo o mundo.

Por detrás de qualquer ato económico, estão pessoas. Por exemplo: como induzir a usar mosquiteiros contra a malária? As redes são prevenção eficaz, mas levar a adquiri-las? Será que se a rede for paga, será mais valorizada? Mais usada no futuro? Se for de graça, desencorajará compras futuras? Com base nestas comparações, Duflo e Banerjee desenvolveram modelos de impacto de ajuda ao desenvolvimento: Sabemos agora melhor a relação entre propaganda, difusão, fornecimento, aceitação, eficácia e os financiamentos internacionais de imunização, educação e epidemia.


Thomas Piketty

https://mpra.ub.uni-muenchen.de/52384/1/MPRA_paper_52384.pdf O conhecido economista Milanovic, Branko analisa o regresso do velho "capitalismo patrimonial" na sua recensão ao livro de Thomas Piketty "O capital no século 21" Uma análise que se tornou clássica e que explica como as ideias de Piketty não só estão na base do movimento "nós somos os 99%" como fazem parte das ferramentas para reformar a economia pós-covid-19.

 

 

 


Helen Lewis

O livro "Difficult Women", da jornalista britânica Helen Lewis, é uma história do feminismo na Grã-Bretanha em 11 atos. É difícil mudar o mundo porque é preciso fazer sacrifícios. Os revolucionários são difíceis e mesmo obstinados e antipáticos porque agitam as águas. E fazer o bem não significa ser perfeito. Os heróis da história têm sempre umas manchas escuras.

Helen Lewis explica como muitos ativistas ignoram esta complexidade, o que os torna menos eficazes. O movimento das sufragistas britânicas reuniu uma série de “mulheres difíceis, esposas de aristocratas, operárias da indústria e até princesas indianas”. Essa aliança viveu o suficiente para alcançar a vitória de 1918, concedendo às mulheres proprietárias com mais de 30 anos o direito de voto. Só em 1928 veio o sufrágio universal.

https://www.amazon.co.uk/Difficult-Women-History-Feminism-Fights/dp/1787331288


Peter Kropotkin

https://thecorrespondent.com/443/brace-yourself-for-the-most-dangerous-idea-yet-most-people-are-pretty-decent/521614842463-e2153c6c

A ideia mais perigosa de sempre: a maioria das pessoas é decente. Esta mensagem de que somente juntos podemos prosperar, tem as suas raízes no cristianismo e renasceu de forma inesperada na vida de um príncipe russo que se tornou anarquista e que dizia. "Confie, confie, confie nos outros."

Kropotkin, o autor de "A Conquista do Pão", de 1906, rejeitou o comunismo autoritário e a gaiola de ferro do capitalismo. Acreditava no poder do indivíduo; mas acreditava, sobretudo que, sem o outro, não podemos ser humanos. 


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